Há tempos venho cultivando uma ideia meio sem pé nem cabeça,
mas que nessa madruga insone faz com que só me restasse ela: Sócrates estava
errado.
Nem que nada sei eu sei
E digo isso porque diante da minha incapacidade de explicar
o que está acontecendo, me sobrou admitir que meus conhecimentos tão vagos,
eram mais vagos do que eu pensava.
Logo eu, metido a entendedor daquilo que provavelmente é o
mais difícil de se entender, as coisas do coração. Procurei ajuda em outros
cantos, em outros bares, em outros autores, em outros lares e nada. Ninguém foi
capaz, nem ao menos chegou perto, de explicar como eu, nesse meu perfil canalha,
sucumbi aos desejos mais românticos do meu ser.
Logo eu, que jurava conseguir controlar e esmagar todas as
vontades amorosas como se não fossem nada, passei a analisar a hipótese de que,
não importa o que for, o quanto for ou como for, sem amor, nunca será
suficiente.
Só agora entendo Nietzsche.
Ou melhor, só agora acho que entendo.
E mais crente do que descrente em meu pensamento, ainda não
sei explicar bem de onde me surgiu essa afirmação.
Mas, pobre sou eu, de alma e coração, que dos afetos
paralelos, retiro-me, talvez, escondo-me de uma continuidade e contento-me em
apenas me concentrar em um jogo de futiba ou em loucuras via web.com
Treino é treino, jogo é jogo, repito alucinadamente em minha
cabeça.
Acho justo. Porém, errado. Considerando que, esse seja meu
momento máximo de iluminação. Mas como, jamais colocaria a mão no fogo por uma
opinião minha, afinal, nem que nada sei eu sei, eu me permito errar.
E é errando que se aprende, certo? Sim.
Mas, confesso, não é o que eu pretendo.







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