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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Nem que nada sei eu sei (Uma crônica sobre os vastos mistérios do coração)



Há tempos venho cultivando uma ideia meio sem pé nem cabeça, mas que nessa madruga insone faz com que só me restasse ela: Sócrates estava errado.

Nem que nada sei eu sei

E digo isso porque diante da minha incapacidade de explicar o que está acontecendo, me sobrou admitir que meus conhecimentos tão vagos, eram mais vagos do que eu pensava.

Logo eu, metido a entendedor daquilo que provavelmente é o mais difícil de se entender, as coisas do coração. Procurei ajuda em outros cantos, em outros bares, em outros autores, em outros lares e nada. Ninguém foi capaz, nem ao menos chegou perto, de explicar como eu, nesse meu perfil canalha, sucumbi aos desejos mais românticos do meu ser.

Logo eu, que jurava conseguir controlar e esmagar todas as vontades amorosas como se não fossem nada, passei a analisar a hipótese de que, não importa o que for, o quanto for ou como for, sem amor, nunca será suficiente.

Só agora entendo Nietzsche.

Ou melhor, só agora acho que entendo.

E mais crente do que descrente em meu pensamento, ainda não sei explicar bem de onde me surgiu essa afirmação.

Mas, pobre sou eu, de alma e coração, que dos afetos paralelos, retiro-me, talvez, escondo-me de uma continuidade e contento-me em apenas me concentrar em um jogo de futiba ou em loucuras via web.com

Treino é treino, jogo é jogo, repito alucinadamente em minha cabeça.

Acho justo. Porém, errado. Considerando que, esse seja meu momento máximo de iluminação. Mas como, jamais colocaria a mão no fogo por uma opinião minha, afinal, nem que nada sei eu sei, eu me permito errar.

E é errando que se aprende, certo? Sim.

Mas, confesso, não é o que eu pretendo.
Felipe Fernandes

É um profundo admirador da escrita e da arte que é escrever. Estudante e escritor metido a poeta, que as vezes acerta nas combinações das palavras.

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