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terça-feira, 1 de julho de 2014

Depois da meia noite


Ao fechar os olhos consegui imaginar teu corpo em total perfeição de detalhes. Ali, na minha frente, desencorajada e talvez meio confusa, mas certamente contente. Eu também consegui sentir o bater do seu coração como se estivesse ligado ao meu, pleno e completo. Consequentemente, dei cor e textura a tua pele clara e macia.
A noite tocava e a Lua acompanhava a cena. Totalmente descrente no início, ela apenas observa a mudança de cenário: cozinha, sala, escada e por último, o quarto. O teto desapareceu para sua melhor apreciação e depois ela faz questão de iluminar nossos movimentos.
Cheguei perto de ti e senti o teu cheiro. Teu cheiro de mulher. Teu cheiro de mulher ardente. Cheiro que nenhum perfume no mundo seria capaz de se igualar. Cheguei mais perto ainda, como se fosse beijá-la, e pude sentir o seu calor. Calor que aclamava pelo frio do meu corpo.
Fui percorrendo com minha mão seu rosto suave e tranquilo, mas que guardava uma fúria de desejo e querer. Seu olhar transmitia tudo àquilo que não era preciso falar. Sua pálpebra delicada me chamou atenção, e do canto dos seus olhos deslizei meu polegar devagar até chegar perto da sua boca num ato de carinho. Você então, abriu um sorriso singelo, e nesse movimento meu dedo se encontrou com a sua covinha, que apesar de ser uma imperfeição, era perfeita.
Tua boca vermelha, mesmo tímida, escondia claramente um louco desejo de carne e uma total necessidade de doçura. Tais detalhes que se faziam reflexo da sua alma. Após compreender os fatos, meu coração, até então calmo, acelerou num compreensível querer exclamando: "devore esses lábios".
No entanto, me contive, e fui descendo até encontrar teu pescoço, delicado, mas que pedia por beijos desenfreados e recheados de paixão. Ele ligava sua cabeça e seu corpo num conjunto tão harmonioso que era notável o toque extra da natureza na sua criação.
Do teu pescoço cheguei ao teu colo. No passar das minhas mãos teu corpo se arrepiou e se contraiu por completo. E isso representava sem sombra de dúvidas o contentamento registrado no íntimo, pronta para ser desejada, acariciada e amada.
Teu corpo exuberante me convidava ao prazer. E suas formas e traços suculentos despertavam os desejos mais canais do meu ser. Estava aberta a porta para doces sentidos, doces momentos, doces sentimentos, envolvidos todos num lindo desejar de desejo em chamas.
Felipe Fernandes

É um profundo admirador da escrita e da arte que é escrever. Estudante e escritor metido a poeta, que as vezes acerta nas combinações das palavras.

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