Sobre a saudade e o tal do orgulho

É que as vezes dá aquele aperto no peito, sabe? E não é nenhuma doença não, bem pelo menos nunca nenhum médico receitou remédio para isso, muito menos cirurgia.

Essa tal de saudade machuca né? E não é nenhum tipo de ferimento que seja perceptível a olho nu. É aquela ferida que fica bem escondidinha e vai crescendo conforme lembranças e arrependimentos surgem.

Então ela vem pra valer, sem avisos prévios. Ela vem na forma de músicas que lembram alguém. Vem antes de dormir e se prolonga até nos sonhos. Quando um desconhecido passa com aquele perfume do seu lado e parece que seu mundo para naquele instante e acontece um pequeno déjá vu. Aparece até quando você está tranquilo assistindo uma comédia sacana na tv.

Pra mim saudade é uma doença. Quando não tratada tende a trazer sérios danos no humor e no espirito do infectado. Mas, o remédio no caso não tem um gosto ruim, pelo contrário, tem um gosto muito bom ou as vezes um sorriso melhor ainda. Porém, o inimigo maior da saudade se chama orgulho e esse sim traz sérias sequelas.

Aquele velho “Não corro atrás, quem sente falta procura”, isso pra mim é uma desculpa esfarrapada de quem sente medo de se arriscar. Uma das coisas que a vida ensina mesmo que muito cedo é que pessoas vem e ficam, pessoas vão e não voltam.

Mas a vida é tão curta, por mais clichê que isso seja. A vida é o agora, então “Carpe diem”! Tá com saudade? Ligue, mande mensagem, vá na casa, pedir desculpas não mata e nem vai fazer seu amor próprio morrer.

Quando a saudade bater não deixe o orgulho vencer, a cura é ir atrás do que sente falta, hoje e agora, levante do computador e trate de tirar essa agonia do seu peito.