Grandes eventos esportivos, como os
Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de Futebol, podem ser vistos de diferentes
ângulos levando em consideração seus objetivos. Se analisarmos seus contextos
podemos inferir a grandiosidade dos atletas e técnicos, recordes e a cooperação
entre as nações, da mesma maneira que, representam uma afirmação de poder entre
os Estados, ideologias e raças. A agenda internacional esportiva serve
igualmente como transporte, slogan e meio de propaganda para divulgação
nacionalista e institucional dos países, para uma melhora na imagem externa e
na interação entre as potências.
O obscuro mundo dos interesses pode
ser calculado por recentes acontecimentos mundiais. A Copa do Mundo de 2014, no
Brasil, que é estimada em R$ 25,8 bilhões e que espera receber 600 mil
turistas, é um exemplo de como um evento esportivo de porte mundial pode ser
usado para fins políticos. A competição é uma das melhores oportunidades de
projeção para um país e se usada de forma eficiente na promoção da marca pode
regerar frutos enormes em um futuro breve. Nesse nosso mundo extremamente
globalizado, a imagem transmitida, em muitos casos, é até mais importante que o
próprio produto. Outro exemplo qual pode claramente mostrar a relevância de
eventos esportivos no âmbito político e dessa vez, também, no social é a Copa
de Rugby de 1995, responsável não só por dar o primeiro título de campeã do
mundo para a África do Sul, como também, unir uma nação que esteve oficialmente
dividida por 46 anos no Apartheid. O rugby, esporte do colonizador e rejeitado
pela maioria negra, foi usado como uma forma de conectar uma população
preconceituosamente desmantelada.
Hoje, com o alicerce dos Estados, das
condições e relações sociais e até da eminência do marketing no mercado, é
fácil enxergar o resultado financeiro e promocional contabilizados por uma
Olimpíada, por exemplo. O esqueleto social e a divulgação das nações estão
proporcionalmente ligados ao status usufruído pelo esporte. Usando da paixão das
pessoas e de certa forma de sua alienação, os Estados conseguem montantes
extraordinários para outros fins se não o prazer e as necessidades públicas.
Entretanto, é válido e altamente
necessário resaltar a confraternização da humanidade através desses eventos
esportivos, ela superar a falsa ideia de que são apenas meios para manipulação
de uma massa de manobra. Durante séculos, o esporte foi capaz de amenizar
diferenças raciais, ideológicas e políticas, semeando uma convocação para uma
não guerra e para a paz.
O fato é o esporte tem o poder de
aproximar os povos, reabastecer os negócios, promover alianças e afinidades,
sacramentar prestígios e se envolver em círculos políticos, jornalísticos e empresariais.
Eventos esportivos mobilizam inúmeros setores de um país e possuem seus duplos
benefícios e malefícios, assim como tudo feito no planeta Terra.







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