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terça-feira, 1 de julho de 2014

Eventos esportivos: um meio para fins


Grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de Futebol, podem ser vistos de diferentes ângulos levando em consideração seus objetivos. Se analisarmos seus contextos podemos inferir a grandiosidade dos atletas e técnicos, recordes e a cooperação entre as nações, da mesma maneira que, representam uma afirmação de poder entre os Estados, ideologias e raças. A agenda internacional esportiva serve igualmente como transporte, slogan e meio de propaganda para divulgação nacionalista e institucional dos países, para uma melhora na imagem externa e na interação entre as potências.

O obscuro mundo dos interesses pode ser calculado por recentes acontecimentos mundiais. A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, que é estimada em R$ 25,8 bilhões e que espera receber 600 mil turistas, é um exemplo de como um evento esportivo de porte mundial pode ser usado para fins políticos. A competição é uma das melhores oportunidades de projeção para um país e se usada de forma eficiente na promoção da marca pode regerar frutos enormes em um futuro breve. Nesse nosso mundo extremamente globalizado, a imagem transmitida, em muitos casos, é até mais importante que o próprio produto. Outro exemplo qual pode claramente mostrar a relevância de eventos esportivos no âmbito político e dessa vez, também, no social é a Copa de Rugby de 1995, responsável não só por dar o primeiro título de campeã do mundo para a África do Sul, como também, unir uma nação que esteve oficialmente dividida por 46 anos no Apartheid. O rugby, esporte do colonizador e rejeitado pela maioria negra, foi usado como uma forma de conectar uma população preconceituosamente desmantelada.

Hoje, com o alicerce dos Estados, das condições e relações sociais e até da eminência do marketing no mercado, é fácil enxergar o resultado financeiro e promocional contabilizados por uma Olimpíada, por exemplo. O esqueleto social e a divulgação das nações estão proporcionalmente ligados ao status usufruído pelo esporte. Usando da paixão das pessoas e de certa forma de sua alienação, os Estados conseguem montantes extraordinários para outros fins se não o prazer e as necessidades públicas.

Entretanto, é válido e altamente necessário resaltar a confraternização da humanidade através desses eventos esportivos, ela superar a falsa ideia de que são apenas meios para manipulação de uma massa de manobra. Durante séculos, o esporte foi capaz de amenizar diferenças raciais, ideológicas e políticas, semeando uma convocação para uma não guerra e para a paz.

O fato é o esporte tem o poder de aproximar os povos, reabastecer os negócios, promover alianças e afinidades, sacramentar prestígios e se envolver em círculos políticos, jornalísticos e empresariais. Eventos esportivos mobilizam inúmeros setores de um país e possuem seus duplos benefícios e malefícios, assim como tudo feito no planeta Terra.
Felipe Fernandes

É um profundo admirador da escrita e da arte que é escrever. Estudante e escritor metido a poeta, que as vezes acerta nas combinações das palavras.

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