O homem-fofo é o verdadeiro cafajeste

Noutro dia desses, mais uma vez vagando em pensamentos nas minhas frequentes madrugas insone, rebati um questionamento que volta e meia rondava por entre minhas orelhas.

O homem-fofo.

De uns tempos para cá, ou melhor, desde que o mundo é mundo, os homens – alguns – desenvolveram uma técnica relativamente eficiente na hora de conquistar uma mulher: chegam meio não querendo nada, são fofos, carinhosos, atenciosos, rola a química, papo vai, papo vem, são engraçados e ótimas companhias; o homem perfeito. Você – moça – se apaixona e voilá, o cara desaparece com em um passe de mágica.

Talvez, até não se apaixone, quem sabe, você estava meio nem aí também, com o pensamento de “se rolar, rolou”, mas, com certeza você fica puta. Ah se fica! Não pelo elevado grau amorítmico que você sentia, mas sim, pelo canalha ter virado as costas, ter pedido a bola na área, mas não aparecer para cabecear. O desgraçado não te manda uma mensagemzinha se quer, nem sinal de fumaça, te ligar então, impensável. O cinema que ele te prometeu? Deixa pra lá, bola pra frente, segue o jogo.

“Os fofos são os piores nesse aspecto. Só os fofos pulverizam o ambiente com o bom-ar das falsas promessas. Os fofos sentem a extrema necessidade de continuarem fofos. Amam ser elogiados pela utópica fofolândia que carregam no mapa imaginário de bolso.”

Bem disse Xico Sá, em seu texto de mesmo assunto.

O homem-fofo é o verdadeiro cafajeste.

E o cafajeste é o verdadeiro fofo? Não é bem por aí.

O cafajeste continua sendo cafajeste – segue o raciocínio – porém, ele deixa bem claro suas intenções; ele não quer te namorar, ele não quer ter algo sério com você, ele quer aproveitar o momento e só, ponto, fim de papo. O cafa é o autêntico sem rumo, para onde o vento apontar, ele vai; e sozinho. Ele não representa perigo.

Já o fofo não, ele te engana, te ilude, te convence. O fofo é o Don Juan do século XXI. Sofre de canalhice aguda. O homem para ser bom pra você, não precisa ser fofo, ele precisa ser normal, um cara que te agrade às vezes, não sempre; que erre, que seja um porre ocasionalmente. Mas que, goste realmente de estar na sua presença. 

Uma vez me falaram a seguinte frase: "O homem perfeito é um macho na cama e uma dama na cozinha.". E olhando dessa maneira, o fofo perde pontos nesse quesito, e por isso, tem que rebolar a lábia na sapucaí do relacionamento. E não sou eu quem diz, longe de mim, saber se um fofo é bom ou não de cama.

“Ainda bem que os fofos são ruins de cama, se não estaríamos ferradas”. - Fabiana Mendes.

O fofo é mestre na arte da desilusão, engraçado até, porque pesquisas apontam que são os maiores provocadores de arrependimentos. Toma cuidado com o cara dito fofo, ele vem como arquiteto do amor e foge como demolidor da paixão.