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domingo, 14 de setembro de 2014

Layla- O triângulo amoroso entre Eric Clapton, Pattie Boyd e George Harrison


Eric Clapton, movido pelo conto persa Layla e Majun de Nezami Ganjavi que conta a história de um amor proibido e, principalmente, pelo amor não correspondido por Pattie Boyd (mulher de George Harrison na época) escreveu uma das músicas mais lindas e lendárias do rock, listada entre as “500 melhores canções de todos os tempos” pela revista Rolling Stone.

Tudo começou quando George Harrison conheceu Pattie Boyd durante as filmagens do filme “Hard Day´s Night” que impulsionou os Beatles para o mundo do cinema. Pattie Boyd era modelo e logo chamou a atenção de George. O casal foi muito feliz, mas Pattie dizia que em certo momento da relação George foi totalmente absorvido pela meditação. Nesta etapa do relacionamento do casal Clapton entrou em cena.

George Harrison e Eric Clapton se conheceram em um momento ótimo para ambos. Este tinha atingido o posto de melhor guitarrista do Reino Unido, prova disso foi uma frase grafitada em um metrô de Londres “Clapton is God”, que abriu a visão dos apreciadores de música e ajudou a impulsionar sua carreira. Aquele disfrutava do sucesso e reconhecimento de sua banda, fama e dinheiro. Eles se conheceram no final de 1964 e George participou de um trabalho de Eric, assim como Eric fez um solo para uma das canções do álbum de George. Clapton dizia que simpatizou muito com Harrison, mas viraram amigos somente após algum tempo.

Eric visitava com frequência a casa de George. Observava a vida que o amigo levava e, além de ter cobiçado a vida “perfeita” de George, encantou-se pela mulher do amigo, Pattie. Eric dizia que seu magnetismo por Pattie ia além do físico, ela o atraía em todos os sentidos, em sua concepção, era a mulher dos sonhos!

Com o passar do tempo, George foi um exemplo de infidelidade. Além disso, Pattie reclamava da sua ausência na relação e possível depressão. Ele tinha acabado de voltar da Índia e estava obcecado pelas histórias de Krishna e por meditação. Estes fatores e a infertilidade de Pattie trouxeram turbulências ao seu casamento com George e contribuíram para Eric se tornar mais presente na vida da mulher do amigo, que precisava de atenção.

Eric mandou cartas para Pattie, que sem entender nada chegou à conclusão que era apenas algum fã. Clapton percebeu que estava completamente apaixonado por Pattie e, tendo em vista as circunstâncias, ao invés de depositar mais esperanças em um possível relacionamento com Pattie resolveu ficar com a irmã dela, Paula. Certa noite, Clapton ligou para Pattie e disse que não era Paula em quem ele tinha interesse, e sim Pattie. Os dois combinaram de se encontrar no mesmo momento para discutir sobre. Foi em frente a uma garrafa de vinho que os dois acabaram se beijando. Pattie disse que a partir deste momento Eric começou a fazer declarações a ela.

Eric já se sentia culpado com o fato de estar se envolvendo com a mulher de seu amigo. Então, durante uma festa ele disse a George que estava apaixonado por sua mulher. George perguntou a Pattie se iria para casa ou ficaria com Eric, ela voltou para casa.
Clapton voltou à casa do casal e implorou para que Pattie deixasse George. Após sua recusa, Clapton tirou do bolso um pacote de heroína e disse que iria para casa usá-la, já que não teria seu amor.

Bom tempo se passou e Pattie estava apenas tentando reavivar seu casamento, que parecia terminar. Foi então que recebeu outra carte de Eric. Uma parte dela dizia:

                “(...) Por que você hesita? Sou um mal amante? Eu sou feio? Eu sou muito fraco?Muito   forte? Você sabe por quê? Se você quiser, me leve, eu sou seu... Se você não me quiser, por favor, quebre o feitiço que me prende. ‘Enjaular um animal selvagem é um pecado, domá-lo é divino’. Meu amor é seu”.

Pattie respondeu rapidamente a carta. Enviou uma segunda para Clapton pedindo que ele esquecesse o que ela tinha escrito na primeira, ao passo que ele respondeu:

                “Eu te amo, mesmo que você seja uma galinha”.

Pattie não queria deixar o marido George. Acabou tudo que tinha com Clapton, que se tornou um músico melancólico. Para colocar tudo que sentia para fora Clapton decidiu fazer músicas (em 1971). As composições do primeiro álbum de Derek and the Dominos (até então, banda de Clapton) foram todas sobre seu relacionamento com Pattie. Surge então, Layla. Ouça a versão acústica:



Clapton estava viciado em heroína. E por incrível que pareça, foi influenciado por George a tocar em seu concerto. Clapton estava muito mal, tanto que desmaiou durante o evento. A vontade de George de retirar Clapton destas dificuldades só mostra o quão forte era a amizade dos dois.

Em 1973, abalado pelo uso de drogas, Clapton subiu ao palco para um concerto na tentativa de sair destes maus momentos da sua vida. Pattie Boyd, George Harrison e Ringo Star estavam na plateia. Clapton tocou Layla. A partir daí, Pattie percebeu que sentia algo por Clapton e saiu de casa. Os dois se casaram em 1979 e ficaram juntos por dez anos.

Além de Layla, a musa Pattie Boyd inspirou “A Wonderful Tonight” de Eric Clapton, “Something” dos Beatles e “Bell Bottom Blues” de Derek and the Dominos. Apesar de toda esta história que colocou a amizade de dois ícones da música em jogo por causa de uma mulher, os dois continuaram grandes amigos, provando seu excelente relacionamento.


 George e Pattie

Clapton e Pattie

Clapton e George


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