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domingo, 20 de julho de 2014

O oposto do oposto

Ela era dama e ele o vagabundo.
Ela era o sol e ele a lua.
Ela era casas noturnas e ele raves.
Ela era elegante e falava muito bem espanhol e francês, ele fazia alguns raps com seu suave português.
Ele pregava a paz e ela precisava de amor.
Ela vivia por ele, ele vivia por ela e pelas outras.
Ela era inocente, ele já tinha visto o pior do mundo.
Ele mentia e ela sorria.
Ela ia ás missas aos domingos e ele era o mais forte dos ateus.
Ela mal sabia andar de bicicleta e ele se radicalizava no skate.
Ela era de sua família e ele era do mundo.
Ele tinha tatuagens que a família dela jamais aprovaria.
Ela vivia nos seus livros e ele escrevia a sua história.
Ela tinha meninos aos seus pés, mas ele fazias as meninas beijarem o seu chão.
Ela era calmaria pro vendaval que ele causava.
Ele fumava um baseado, enquanto ela não suportava o cheiro de um cigarro.
Ela era aspirante a poeta e ele a inspirava.
Eles brigavam todos os dias e a qualquer momento.
Eles queriam estar perto um do outro do início ao fim.
Ele era o armamento e ela o campo de guerra.
Eles não tinham nada em comum.
Ele era virgem e ela era libriana.
Ela dizia “eu te amo” e ele não respondia.
Ela chorava e ele a ignorava.
Ele sacaneava, mas ela sempre o perdoava.
Ela queria um romance, mas ele queria um lance.
Ele prometeu mudar e ela tentava o ajudar.
Ela o esperou, mas ele não apareceu.
Ele nem sabia o que queria pra si mesmo.
Ela se foi e ele não a impediu.
Ela tentava não pensar nele, ele ficava com o sorriso dela em sua mente para o atormentar.
Eles nunca mais se falaram.
Ela foi pra lá e ele pra cá.
Eles sentiam constantemente saudade um do outro.
Ele sabia que mesmo que não demonstrasse a amava, mas sabia que jamais seria o que ela precisava.
Ela escrevia para ele mesmo sabendo que jamais poderia enviar.


 Dedicado para ele.

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