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terça-feira, 22 de julho de 2014

Somos todos macacos (Resenha "Planeta dos Macacos - O Confronto")



Para quem esperava uma continuação darwinista de Planeta dos Macacos – A Origem, uma surpresa: ganhou de presente um filme freudiano em Planeta dos Macacos – O Confronto. Isso porque, se na primeira produção a discussão central girava em torno da capacidade de aprendizado dos primatas, no segundo longa o foco é a instrução social e cultural dos mesmos.

A história começa “10 invernos” depois dos acontecimentos retratados em A Origem. A praga incurável nomeada de “febre símia” – criada em laboratório - devastou o mundo, reduzindo os sobreviventes humanos em um bando apavorado que rouba cidades já destruídas para sobreviver. Já os primatas geneticamente alterados que fugiram para a floresta mais próxima de São Francisco e são liderados pelo sábio e compreensivo Cézar, estão prosperando. O filme estabelece um paradoxo: os homens se comportam como animais e os macacos, muitas vezes, têm atitudes semelhantes os humanos racionais.

A confronto do título começa quando os sobreviventes, sem energia elétrica, tentam reativar uma usina, para tentar manter acesa a esperança de continuarem vivos. Obviamente tudo seria mais fácil se a tal usina não estive no meio dos domínios de Cézar. Até aqui temos a primeira parte do filme, que mostra a oposição entre homens desorganizados com um espirito de combate e macacos em uma sociedade muito bem estruturada lutando pela paz.

A segunda parte é reservada para as ótimas cenas de combate, que possuem todos os aõs necessários: ação, emoção, tensão e explosão, sem contar, a excelente trilha sonora, um tanto quanto perturbadora. Os cenários criados por computação gráfica são impressionantes e o motion capture, técnica utilizada para digitalizar feições e expressões dos macacos, são sensacionais, e às vezes fica até difícil distinguir realidade e ficção.

O filme é inteligente, profundo e capaz de nos levar a reflexões sobre questões politicas e sociais. Conta com uma excelente história, atores eficientes e efeitos especiais espetaculares. Mais do que recomendadíssimo. 

Ao sair da sala de cinema, você terá a sensação de que vai encontrar com algum dos macacos na próxima rua e ele vai te cumprimentar, é de arrepiar os cabelos da nuca.

Felipe Fernandes

É um profundo admirador da escrita e da arte que é escrever. Estudante e escritor metido a poeta, que as vezes acerta nas combinações das palavras.

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